Just paper dreams...

posted : sábado, 18 de dezembro de 2010

title : Amor de amiga... Amor de irmã.

Era manhã de primavera, a brisa fresca que vinha diretamente da janela para o rosto de Carlie preenchia todo o quarto. Ela sorrira feliz, lembrando do que tinha feito primavera passada com Antony, exatamente aquela cena em que ele colocara uma rosa recém tirada atrás de sua orelha. Ela havia corado com aquilo, mas seu sorriso quase explodia de tão grande. Lembrando daqueles dias enquanto aspirava o ar fresco das árvores, seu sorriso se desfez e seus olhos marejaram. Acabara tão cedo, tão rápido... O tempo juntos, porém fora o suficiente para acender dois corações que almejavam carinho e cuidado.
Carlie tomou um banho longo e refrescante, logo depois vestira uma roupa fresca. Em sua porta soaram duas batidas rápidas, ela sorriu de imediato, era o código com sua amiga Doroth, a quem ela apelidara carinhosamente de Dóris. Seu rostinho minúsculo apareceu e um sorriso se pôs em seus lábios finos, as duas se entreolharam.
- Olá, sorriso. – Ela dissera. Um apelido de Carlie, era mesmo a “garota dos sorrisos” segundo Antony. Então ela hesitou.
- Não me chame assim, Dóris... Sabes o porquê.
- Oh, sim. Perdoe-me, anjinho. Venha aqui me dar um abraço.
Logo o sorriso se refez no rosto angelical de Carlie. Seus lindos olhos castanhos marejados se fecharam derramando uma sorrateira lágrima enquanto sentia o conforto do abraço de Dóris... Sua Dóris. A que nunca lhe abandonou.
- Dóris, e-eu estava lembrando de Antony e doeu tanto, tanto... – Carlie gaguejava por conta dos soluços involuntários de seu choro.
- Ei, não chore. Vai ficar lamentando isso o resto da vida? Carlie, ele se foi. Você tem que lembrá-lo de uma maneira carinhosa e não se culpando por tudo isso. Eu estou aqui, coração. Para você, por você. – As palavras de Doroth dançavam na mente de Carlie enquanto ela soluçava debilmente.
- Eu sei... E eu... Você sabe... – Carlie sempre hesitava para falar essas coisas com sua amiga.
- Eu sei...?
- Eu te a-amo, Dóris.
O aperto do abraço de Carlie aumentou enquanto ela dizia aquilo, Doroth não se cabia de tanta felicidade. Ela a amava por simplesmente ser quem ela é.
- Eu também, minha querida... Eu também.
O sofrimento de Carlie era incomum e Doroth sabia, porque tudo fora muito rápido e constrangedor. Os primeiros dias sua amiga nem falava, ela ficara sem saber como agir. Mas o tempo deu tudo o que elas precisavam e o amor ajudou a cicatrizar as feridas. Mesmo que não tenham sido completamente fechadas, elas estavam sarando. E isso era o que mais importava para Doroth.

Pois o sorriso de Carlie... Era o seu sorriso.

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12:37

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